Recife// Alunos criam xilogravuras inspirados na arte popular


A literatura de cordel, também conhecida no Brasil como folheto, invadiu as salas de aulas do 4° ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa e História, ministradas pelas professoras Elisabete Bezerra e Valéria Pontes, respectivamente. O objetivo era fazer os estudantes conhecer de perto a arte popular nascida na região, despertando neles o interesse em apreciar e produzir peças com as mesmas características.
Com esse propósito, as educadoras mostraram teoricamente que, enquanto gênero literário popular, originado dos relatos orais e depois impresso em folhetos, o nome "cordel" teve origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para a venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes em Portugal.
Além disso, elas revelaram, também, que no Nordeste, o nome foi herdado, mas a tradição do barbante não se perpetuou: hoje, o folheto brasileiro pode ou não estar exposto em barbantes. Outro aspecto esclarecido pelas professoras foi que alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, também usadas nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos,  escritas frequentemente na forma rimada.
De posse das características da arte popular, alunos do 4º ano foram motivados a criar xilogravuras com as próprias mãos e ideias. Desse modo, os jovens cordelistas produziram artes com ideias bem originais, deixando transparecer seus sentimentos e ideais em cada traço e cores utilizadas.





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