Recife// No aniversários de Recife e Olinda, excursões pedagógicas ampliam conhecimentos dos alunos
Olinda Recebe alunos do Colégio Salesiano Recife
Os 480 anos de Olinda celebrados no último dia 12, também foram lembrados pelo Salesiano Recife, que nesta terça-feira (17) organizou uma excursão pedagógica dos alunos do 5° ano pela cidade, com o objetivo de aprofundar os conhecimentos de história e geografia, estudados em sala de aula. Acompanhados pela coordenadora, Fabiana Vilarouca, e pelas professoras Soraya Albertim e Darlyx Sanford, os estudantes fizeram a primeira parada na Igreja do Carmo, construída em 1580 como Capela de Santo Antônio e São Gonçalo. No local, eles ficaram sabendo que em 1581, o prédio passou a ser o Convento do Carmo, tornando-se o mais antigo templo da Ordem dos Carmelitas no Brasil. A igreja possuía o maior sino da cidade, sendo retirado e transformado, em 1630, em armamento pelas tropas holandesas. Nesta época, os flamengos obrigaram os frades a abandonarem a igreja e o convento que já estava em fase de conclusão. Em 1720, graças aos esforços dos portugueses, o prédio, danificado pela ação dos holandeses, foi reconstruído. Sua modulação obedeceu ao estilo barroco da época. O altar-mor possui três nichos: o mor, com a imagem da padroeira em estilo barroco e as laterais, dedicados aos santos fundadores da Ordem dos Carmelitas (Santo Elias e Santo Eliseu).
Em seguida, os alunos conheceram o Convento de São Francisco, que é parte de um conjunto arquitetônico barroco de excepcional importância, que inclui a Igreja de Nossa Senhora das Neves, a Capela de São Roque, o Cclaustro e a sacristia. É considerado o convento franciscano mais antigo do Brasil. Sua construção foi iniciada em 1585, com projeto do frei Francisco dos Santos, mas foi parcialmente destruído pelos holandeses no ano de 1631 e reconstruído ainda no século XVII. Em frente ao convento existe um cruzeiro trabalhado em pedra de arenito retirada dos arrecifes. O claustro e a sacristia são famosos pela série de painéis de azulejos portugueses, com cenas diversas. Na igreja, na sacristia e na capela chama a atenção o rico trabalho de talha em madeira do teto, com caixotões contendo pinturas do século XVIII. O mosteiro tem ainda uma biblioteca com um precioso acervo de obras raras, e nele foi instalada a primeira biblioteca pública de Pernambuco. Por isso tudo, o conjunto foi incluído no rol dos monumentos do Centro Histórico de Olinda, tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.
Após uma boa caminhada, com um esforço dobrado para subir uma ladeira ingrime, os estudantes chegaram ao ponto mais alto da cidade: o Alto da Sé, onde se encontra a Catedral da Sé. Desse local é possível descortinar uma das mais belas vistas do Recife e de Olinda. Além disso, os alunos ficaram sabendo que a Catedral é também a mais importante igreja da cidade. Erguida em 1540, passou por três reformas – na última, ao longo do século 20, teve reconstituída sua fachada quinhentista. No interior destacam-se os altares laterais folheados a ouro, os azulejos portugueses e o túmulo de D. Hélder Câmara, ex-arcebispo de Olinda.Na praça, eles puderam visitar uma feira de artesanato ao redor da igreja, além de assistir a apresentação de passistas de frevo.
O último trecho da excursão aconteceu no Mercado da Ribeira, que foi construído no final do século 17, e que funcionou como antigo mercado de carne, farinha, peixes e escravos. O casarão é característico do Brasil colônia, com piso em tijolos e terraços com colunas. O telhado conta com três camadas de telhas (eira, beira e tribeira), o que na época era sinônimo de poder e riqueza. O mercado passou por uma restauração no estilo original e hoje abre espaço para lojas de artesanato. Podem ser encontrados suvenires, peças de barro, renda, couro e palha e as típicas máscaras carnavalescas de papel machê. Nesse local os alunos participaram de uma oficina de instrumentos musicais, confeccionados com material descartável e orientado pelo artista plástico, Flávio Soares. Após terminar a confecção eles acordaram um dos vários boncecos gigantes do ateliê existente no mercado, iniciando um rápido grito de caranval.
Excursão pelo Recife
Para comemorar o aniversário de 478 do Recife, alunos do 6° ano (A e B) participaram de uma excursão pedagógica no último sábado (14), com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre a Veneza brasileira, estudados durante as aulas.Acompanhados por educadores do colégio, eles começaram pelo Marco Zeroda cidade do Recife. Lá, ficaram sabendo que é deste marco que são feitas todas as medidas oficiais de distâncias rodoviárias locais. Oficialmente denominada de Praça Barão do Rio Branco, fica localizada na Av. Alfredo Lisboa conectada às ruas Marquês de Olinda, Rio Branco e Barbosa Lima. Em seguida foram ao museu Cais do Sertão, espaço dedicado a retratar a vida e a cultura do sertão nordestino, terra de origem e fonte de inspiração de Luiz Gonzaga. No local perceberam que que a vida desse artista é o fio condutor do centro de artes, ao mesmo tempo em que mistura o tradicional ao moderno.
Um dos momentos mais emocionantes da excursão foi à visita à Embaixada dos Bonecos Gigantes, para conhecer a exposição permanente de bonecos (também conhecidos como "bonecos de Olinda"), alegorias populares do Carnaval de Pernambuco. O local expõe mais de 30 bonecos gigantes, dentre os 60 existentes, materializando ícones como: Alceu Valença, Miguel Arraes, Chico Science, Dominguinhos, Luiz Gonzaga,Araiano Suassuna, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousef e até o papa Francisco, entre outros. Durante a visita, os alunos receberam explicações como é o processo de confecção e manipulação dos bonecos.
O Forte de São Tiago das Cinco Pontas também foi visitado pelo alunos. Na oportunidade, eles aprenderam que, no contexto da segunda invasão holandesa ao Brasil, coronel Diederick van Waerdenburch, comandante das forças de terra neerlandesas no assalto a Olinda e Recife (Fevereiro de 1630), determinou a construção de uma fortificação dominando o porto na foz do rio. Este primitivo forte, que recebeu o nome de "Frederick Hendrick" em homenagem a Frederico-Henrique, príncipe de Orange (1584-1647), tio de Maurici de Nassau, localizava-se na Ilha Antonio Vaz, ao sul do bairro de Santo Antônio, limite de Maurits Stadt (a cidade Maurícia).
A última parte da excursão foi umpasseio inesquecível pelas águas do rio Capibaribe, percorrendo as três ilhas do Centro de Recife (Santo Antonio, Recife Antigo e Boa Vista) passando por baixo de cinco pontes (Ponte 12 de Setembro, Ponte Maurício de Nassau, Ponte Manuel Buarque de Macedo, Ponte Princesa Isabel e Ponte Duarte Coelho). Durante o city tour aquático, os visitantes apreciam belas paisagens de vários pontos turísticos, tais como o Parque de Esculturas de Francisco Brennand, a Praça do Marco Zero, o Paço Alfândega, o Ginásio Pernambucano, a Assembleia Legislativa, o Teatro de Santa Isabel e o casario da Rua da Aurora. À bordo, eles contaram com a presença de um guia que relata histórias e curiosidades do Recife. Além disso, em cada ponte era feito um pedido seguido de palmas.
por: Manoel Moura
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